Polêmica marca posse e eleição da mesa diretora da câmara em Porto Franco

A solenidade de posse dos vereadores, eleição da mesa diretora e posse do prefeito e vice-prefeito de Porto Franco, Maranhão, foi marcada por desorganização, atrasos e discursos inflamados que geraram desconforto tanto para o público quanto para os eleitos. Previsto para as 16h do dia 1º de janeiro, o evento teve início apenas às 19h, um atraso de três horas que provocou reclamações generalizadas.

O atraso significativo se deu por conta da montagem tardia das estruturas de som, palco e iluminação, que só ficaram prontas por volta das 18h30. A falta de justificativas por parte da organização agravou o desconforto, deixando o público que chegou no horário marcado a presenciar os trabalhos de instalação. A situação foi considerada um desrespeito à população e comprometeu a imagem de profissionalismo do evento.

Na eleição para a mesa diretora, o clima de tensão tomou conta. Inicialmente, o vereador Durval Neto acreditava estar garantido como chapa única, mas uma segunda chapa foi protocolada, liderada pelo vereador Josivan Nogueira, conhecido como Van. Por ser o vereador mais velho, Josivan assumiu a presidência provisória da sessão, conduzindo a posse e o processo de votação.

A sessão foi marcada por um boicote inicial dos vereadores da chapa de Durval Neto, que se recusaram a compor a mesa como forma de protesto. Apenas após o início da execução do hino nacional, os membros da chapa derrotada subiram ao palco. No final, a chapa liderada por Josivan Nogueira foi declarada vencedora, consolidando sua liderança no Legislativo.

Durval Neto, em discurso após a derrota, fez acusações graves que repercutiram fortemente. Ele afirmou ter sido traído pelo prefeito Deoclides e insinuou a existência de corrupção e de uma suposta “Associação de Agiotas” na Câmara Municipal. “Houve um acordo, lá dentro da casa do prefeito. Saímos de lá com essa chapa resolvida. Mas são poucos que têm palavra aqui dentro”, declarou o vereador, prometendo levar as denúncias ao Ministério Público.

As declarações de Durval Neto podem ter desdobramentos jurídicos e éticos. A acusação de corrupção, caso não seja comprovada, pode configurar crime de calúnia ou difamação, além de comprometer a imagem do vereador e da instituição que representa. As declarações também evidenciam uma fragilidade nas relações institucionais, prejudicando a confiança da população nos gestores eleitos.

O episódio em Porto Franco destaca a necessidade de melhorias significativas na organização de eventos institucionais e na postura ética dos representantes públicos. A desorganização e os discursos inflamados reforçam a percepção de instabilidade, exigindo dos líderes um compromisso maior com a transparência, o profissionalismo e o respeito aos princípios democráticos.

A posse em Porto Franco, longe de ser um momento de celebração institucional, expõe desafios profundos na administração pública local. As declarações de Durval Neto apontam para conflitos internos dentro do próprio grupo do Prefeito Deoclides Macedo.

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